"Desabafo!"

     

Por: John Andrade

     Boa tarde, amigos encantados! Olha eu aqui de novo pra falar mais um pouquinho. Ah, eu sou tagarela mesmo, então vão se acostumando.

     Hoje eu queria falar um pouco sobre algo que tenho visto e ouvido muito em fóruns de debate e sites de Wicca: A intolerância religiosa (seja de pessoas de diferentes religiões ou de diferentes vertentes das mesmas práticas). Sei que este assunto é meio batido, afinal, muito se fala sobre isso e algumas (tantas) pessoas já foram vítimas de preconceito religioso.  Sinceramente, quando o preconceito vem de alguém que segue uma religião que vai contra certos princípios da Bruxaria, não é justificado, porém, é um pouco mais aceitável, visto que sabemos da quantidade de pessoas sem informação que existem e fazem discriminação para aquilo que não conhecem. (Relembrando, não estou dando razão ao preconceito dessas pessoas, apenas estou dizendo que é menos indignante se comparado a outras situações). Agora, vamos a essas outras situações: Pessoas que conhecem as Leis Universais, que se dizem estudiosos do oculto, que se colocam como pessoas altamente conhecedoras de certas Energias que povoam o Universo, que até se denominam bruxos... começar a denegrir a imagem de outros tantos, que debaixo do mesmo Céu, fazem outros trabalhos, com seriedade e Respeito aos demais. É altamente indignante quando vejo um “bruxo” (sim, eu não errei, entre aspas mesmo!) tentando diminuir ou desvalorizar os conhecimentos do outro que apenas buscou outros campos para aprimoramento próprio, que se sentiu bem ao fazer isso e apenas quer dividir um pouco do que aprendeu. E mais indignante ainda, é que esses mesmos “bruxos”, se achem no direito de TENTAR acabar com esse trabalho. Não venho aqui criticar absolutamente ninguém, acredito que cada um tem direito à opinião, cada um tem o direito de escolha se quer realmente se manter nos mesmos sapatos que o Gardner usou há séculos atrás, quando um celular sequer era um sonho. Mas também, cada um tem o direito de decidir se quer EVOLUIR, junto com o planeta que evolui a cada minuto.

     Nós, BRUXOS, não vamos deixar que o tempo das fogueiras volte! Não seremos mais queimados; Vamos falar, vamos adquirir conhecimentos e vamos retransmitir para quem quiser ouvir e praticar sim, porque a Divindade deu-nos o poder de decidir o caminho que iremos trilhar. Seria sim, muito melhor que houvesse a União, e que cada um, somando aquilo que sabe, respeitando os conhecimentos do outro, conseguisse chegar o mais longe que pudesse chegar. Com certeza teríamos aí um mundo muito melhor, mas enquanto assim quiserem, enquanto a meta for derrubar, atingir, combater-nos, nós iremos estar aqui, preparados para o que der e vier, com caldeirões à postos, nos defendendo e abertos sempre ao diálogo. Porque isso é ser BRUXO, é ter o poder de transmutar o que é ruim, é ter o poder de mudar as coisas, lutando pelo que achamos que é certo e aprendendo com os nossos erros. Porque não podemos pregar a liberdade de escolha enquanto queremos tirar a do colega ao nosso lado. Não podemos combater o preconceito dos outros, enquanto nosso coração vive cheio dele... E o mais difícil ainda: Lutar pelo que achamos que é certo e não dar ao outro o direito de fazer o mesmo. 

     

     Seguiremos nossos caminhos, buscando nosso próprio aprimoramento pessoal, tentando nos tornar o mais forte que pudermos ser, sugando todos os conhecimentos que pudermos, praticando aquilo que nos faz bem como seres humanos e como seres espirituais (que somos). Ah, e vamos dividir com você, querido amigo, todas as histórias do caminho, se um dia quiser ouvir e dividir conosco também as suas. Temos muito a ensinar um ao outro, mas antes, abaixa suas armas, não somos seus inimigos, só queremos PAZ e o direito de Viver como sentimos vontade, afinal, para isso te damos o mesmo direito. 

     Um abraço com muito carinho a todos que são CONTRA a intolerância religiosa, seja ela em que nível for.

P.S.: O pior erro é aquele que é cometido com conhecimento de causa. É como pendurar uma corda no próprio pescoço e deixar a própria vida se esvair.