O renascimento da Fênix representado em um bestiário medieval britânico.
A fênix é uma ave mítica repleta de penas vermelhas e douradas que emite raios de luz através de seu corpo. Segundo relata algumas lendas, como a que é contada por Ovídio, essa criatura teria nascido nas terras do Oriente e se alimentava com incenso, raízes cheirosas e óleos de bálsamo. Sendo muito comum na literatura greco-romana, essa criatura tem também sua representação registrada em diferentes bestiários do período medieval.
Diferente de tantos outros animais encontrados na natureza, a fênix tinha a incrível capacidade de se reproduzir sem a necessidade de um parceiro. De fato, a concepção de uma fênix acontecia no momento em que um exemplar se encontrava em seus últimos momentos de vida. A partir do corpo de sua mãe, uma nova fênix surgia com a capacidade de viver o mesmo tempo da genitora. Conforme relatos diversos, a fênix poderia viver por exatos quinhentos anos.
Tendo descrições bastante diversas, alguns escritores dizem que a jovem fênix, após adquirir certo vigor físico, realiza um ritual funerário em homenagem à sua mãe. Ela constrói um pesado ovo de mirra onde deposita os restos mortais de seu genitor. Depois disso, vai ao templo do Deus Sol, na cidade egípcia de Heliópolis, onde deposita o ovo por ela construído. Em geral, diversas culturas, tanto ocidentais como orientais, apresentam relato sobre este pássaro.
A lenda da fênix sobreviveu por diversos séculos, chegou a causar uma ligeira polêmica com respeito à sua real existência. No século XVII, o escritor Thomas Browne afirmou categoricamente que uma ave com tais características jamais existiu. Em contrapartida, poucos anos depois, Alexander Ross colocou em xeque esse veredicto ao sugerir que essa ave não poderia ser vista, pois sua vida reclusa fazia parte de seu próprio instinto de sobrevivência.
Para além dessas discussões sobre a veracidade da fênix, o seu relato permite a compreensão de valores bastante interessantes ao homem. O mais importante deles se refere à circularidade do tempo e o processo de renovação das coisas. No momento em que se prepara para a própria morte, a fênix demonstra claramente a limitude da existência. Em contrapartida, salienta a continuidade do mundo no momento em que só pode gerar uma nova vida mediante o fim da sua.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Diferente de tantos outros animais encontrados na natureza, a fênix tinha a incrível capacidade de se reproduzir sem a necessidade de um parceiro. De fato, a concepção de uma fênix acontecia no momento em que um exemplar se encontrava em seus últimos momentos de vida. A partir do corpo de sua mãe, uma nova fênix surgia com a capacidade de viver o mesmo tempo da genitora. Conforme relatos diversos, a fênix poderia viver por exatos quinhentos anos.
Tendo descrições bastante diversas, alguns escritores dizem que a jovem fênix, após adquirir certo vigor físico, realiza um ritual funerário em homenagem à sua mãe. Ela constrói um pesado ovo de mirra onde deposita os restos mortais de seu genitor. Depois disso, vai ao templo do Deus Sol, na cidade egípcia de Heliópolis, onde deposita o ovo por ela construído. Em geral, diversas culturas, tanto ocidentais como orientais, apresentam relato sobre este pássaro.
A lenda da fênix sobreviveu por diversos séculos, chegou a causar uma ligeira polêmica com respeito à sua real existência. No século XVII, o escritor Thomas Browne afirmou categoricamente que uma ave com tais características jamais existiu. Em contrapartida, poucos anos depois, Alexander Ross colocou em xeque esse veredicto ao sugerir que essa ave não poderia ser vista, pois sua vida reclusa fazia parte de seu próprio instinto de sobrevivência.
Para além dessas discussões sobre a veracidade da fênix, o seu relato permite a compreensão de valores bastante interessantes ao homem. O mais importante deles se refere à circularidade do tempo e o processo de renovação das coisas. No momento em que se prepara para a própria morte, a fênix demonstra claramente a limitude da existência. Em contrapartida, salienta a continuidade do mundo no momento em que só pode gerar uma nova vida mediante o fim da sua.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
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