O Ano Novo se aproxima e podemos fazer contato com o Deus que guarda todas as portas, inclusive a do novo ano!
Janus (ou Jano) foi Deus romano que deu origem ao nome do mês de
Janeiro. Trata-se de um dos Deuses mais antigos do Panteão Romano e com outros
pouquíssimos Deuses (Júpiter, Marte, Quirino e Vesta), seriam os Deuses romanos
originais, possivelmente vindos de uma religião ainda mais antiga,
indo-européia e/ ou etrusca. Com a estruturação do Mito e a helenização,
passara e ser entendido como filho de Creusa e Febo. A figura de Janus é
associada a portas (entradas e saídas, começos e finais, inclusive do ano – por
isso deu o nome ao primeiro mês), bem como a transições. A sua face dupla
também simboliza o passado e o futuro. Janus é o Deus dos inicios. O maior
monumento em sua glória se encontra em Roma e é tem o nome de Ianus Geminus.
Costuma ser representado como dois rostos, um para cada lado
opostos, ligados pela parte de trás da cabeça, uma figura masculina com barbas
e outras sem ela. Existem algumas representações com quatro faces. A idéia é a
de que Ele era capaz de olhar para uma questão a partir de todos os pontos de
vista. Por isso era tido também como orador eloquente. Ele tem sua equivalência feminina e também considerada
consorte, a Deusa Jana, Deusa da Lua, Caminhos, Magia e muito cultuada até hoje
em várias tradições da Stregheria e também Ela era representada com duas faces,
uma olhando sempre para o passado e a outra para o futuro. Os romanos o
associaram também com o Deus estruco Ani, Deus do Céu, que como Janus, era
representado com duas faces.
Seus templos, que eram numerosos, ficavam abertos em tempos de
guerra e fechados em tempos de paz (mas na prática foram fechados apenas duas
vezes).
Este Deus é tido como o
regente de Lácio, região da Itália Central (onde também nasceram as línguas
originárias do latim, como o português). Pela origem do Mito, a maioria
esmagadora das histórias em torno deste Deus é romana. Ele teria erigido uma
cidade no alto de uma montanha e chamou-a Janículo. Na mesma época, acolhendo
Saturno que havia sido expulso da Grécia, ficaram sendo vizinhos, este reinando
em Saturnália.
Segundo o Mito, durante o reinado de Janus, houve perfeita
honestidade entre os humanos, abundância e paz. Esta época, chamada de idade do
ouro, permitiu a agricultura, o desenvolvimento e a invenção da moeda, pelo
próprio Deus.
A Jano se consagravam todos os inícios. Portava
uma chave por ser o deus guardião das soleiras, inclusive sendo o “porteiro” de
Júpiter. Tendo dois rostos, um olhando em cada direção, tinha conhecimento
sobre o futuro e sobre o passado. Antes de qualquer ritual destinado a outro deus,
Jano recebia primeiramente um sacrifício, para então iniciar o ritual.
Em algumas histórias, Ele se casou com sua irmã Carmese,
e teve um filho chamado Aethex e uma filha chamada Olistene. Em outras ele se
casou com a ninfa Yuturna, com quem teve o filho Fons, o deus das fontes.
Algumas das simbologias associadas a Janus: o
oculto e o conhecido, a verdade e a mentira, a Lua e o Sol, o passado e o
futuro, a dualidade que todos temos dentro de nós e que muitas vezes se
manifesta em momentos cruciais de nossas vidas, nos confundindo e embaralhando
nossos sentimentos e a capacidade de raciocinar, o emocional em atrito com o
racional. Seu símbolo é uma chave a qual abre todas as portas e possibilidades
como também as tranca. Seu mês é Janeiro.
Oferendas: tâmaras, bolo, sal, moedas, mel,
figos.
Eu mesma fiz uma pequena honra a Jano, no primeiro dia do ano, durante a
primeira chuva, pedindo as mudanças que eu precisava que acontecessem nesta
vida.Fontes de pesquisa:
http://sonhosdeluar.blogspot.com.br/2012/01/deus-janus-o-senhor-dos-portais.html
http://www.thewhitegoddess.co.uk
O Livro de Ouro da Mitologia: Histórias de Deuses e Heróis – Thomas Bulfinch
Wikipédia
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